11 de nov. de 2009

FOME

Em 1974, durante a Conferência Mundial sobre Alimentação, as Nações Unidas estabeleceram que “todo homem, mulher, criança, tem o direito inalienável de ser livre da fome e da desnutrição...”. Portanto, a comunidade internacional deveria ter como maior objetivo a segurança alimentar, isto é, “o acesso, sempre, por parte de todos, a alimento suficiente para uma vida sadia e ativa”. E isso quer dizer:
acesso ao alimento: é condição necessária, mas ainda não suficiente;
sempre: e não só em certos momentos;
por parte de todos: não bastam que os dados estatísticos sejam satisfatórios. É necessário que todos possam ter essa segurança de acesso aos alimentos;
alimento para uma vida sadia e ativa: é importante que o alimento seja suficiente tanto do ponto de vista qualitativo como quantitativo.
http://www.youtube.com/watch?v=0CcVntTKyFc&feature=related

Os dados que possuímos dizem que estamos ainda muito longe dessa situação de segurança alimentar para todos os habitantes do planeta.
Quais são as causas?
A situação precisa ser enfrentada, pois uma pessoa faminta não é uma pessoa livre. Mas é preciso, em primeiro lugar, conhecer as causas que levam à fome. Muitos acham que as conhecem, mas não percebem que, quando falam delas, se limitam, muitas vezes, a repetir o que tantos já disseram e a apontar causas que não têm nada a ver com o verdadeiro problema. Por exemplo:
A fome é causada porque o mundo não pode produzir alimentos suficientes. Não é verdade! A terra tem recursos suficientes para alimentar a humanidade inteira.
A fome é devida ao fato de que somos “demais”. Também não é verdade! Há países muito populosos, como a China, onde todos os habitantes têm, todo dia, pelo menos uma quantidade mínima de alimentos e países muito pouco habitados, como a Bolívia, onde os pobres de verdade padecem fome!
No mundo há poucas terras cultiváveis! Também não é verdade. Por enquanto, há terras suficientes que, infelizmente, são cultivadas, muitas vezes, para fornecer alimentos aos países ricos!
As verdadeiras causas
As causas da fome no mundo são várias, não podem ser reduzidas a uma só. Entre elas indicamos:
As monoculturas: o produto nacional bruto (pib) de vários países depende, em muitos casos, de uma cultura só, como acontecia, alguns anos atrás, com o Brasil, cujo único produto de exportação era o café. Sem produções alternativas, a economia desses países depende muito do preço do produto, que é fixado em outros lugares, e das condições climáticas para garantir uma boa colheita.
Diferentes condições de troca entre os vários países: alguns países, ex-colônias, estão precisando cada vez mais de produtos manufaturados e de alta tecnologia, que eles não produzem e cujo preço é fixado pelos países que exportam. Os preços das matérias-primas, quase sempre o único produto de exportação dos países pobres, são fixados, de novo, pelos países que importam.
Multinacionais: são organizações em condições de realizar operações de caráter global, fugindo assim ao controle dos Estados nacionais ou de organizações internacionais. Elas constituem uma rede de poder supranacional. Querem conquistar mercados, investindo capitais privados e deslocando a produção onde os custos de trabalho, energia e matéria-prima são mais baixos e os direitos dos trabalhadores, limitados. Controlam 40% do comércio mundial e até 90% do comércio mundial dos bens de primeira necessidade.
Dívida externa: conforme a Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a dívida está paralisando a possibilidade de países menos avançados de importar os alimentos dos quais precisam ou de dar à própria produção agrícola o necessário desenvolvimento. A dívida é contraída com os bancos particulares e com Institutos internacionais como o Fundo Monetário e o Banco Mundial. Para poder pagar os juros, tenta-se incrementar as exportações. Em certos países, 40% do que se arrecada com as exportações são gastos somente para pagar os juros da dívida externa. A dívida, infelizmente, continua inalterada ou aumenta.
Conflitos armados: o dinheiro necessário para providenciar alimento, água, educação, saúde e habitação de maneira suficiente para todos, durante um ano, corresponde a quanto o mundo inteiro gasta em menos de um mês na compra de armas. Além disso, os conflitos armados presentes em muitos países em desenvolvimento causam graves perdas e destruições em seu sistema produtivo primário.
Eis o que nos dizem as estatísticas:
- Há 800 milhões de pessoas desnutridas no mundo.
- 11 mil crianças morrem de fome a cada dia.
- Um terço das crianças dos países em desenvolvimento apresentam atraso no crescimento físico e intelectual.
- 1,3 bilhão de pessoas no mundo não dispõe de água potável.
- 40% das mulheres dos países em desenvolvimento são anêmicas e encontram-se abaixo do peso.
- Uma pessoa a cada sete padece fome no mundo.
Desigualdades sociais: a luta contra a fome é, em primeiro lugar, luta contra a fome pela justiça social. As elites que estão no governo, controlando o acesso aos alimentos, mantêm e consolidam o próprio poder. Paradoxalmente, os que produzem alimento são os primeiros a sofrer por sua falta. Na maioria dos países, é muito mais fácil encontrar pessoas que passam fome em contextos rurais do que em contextos urbanos.
Neo-colonialismo: em 1945, através do reconhecimento do direito à autodeterminação dos povos, iniciou o processo de libertação dos países que até então eram colônias de outras nações. Mas, uma vez adquirida a independência, em muitos continuaram os conflitos internos que têm sua origem nos profundos desequilíbrios sociais herdados do colonialismo. Em muitos países, ao domínio colonial sucederam as ditaduras, apoiadas pela cumplicidade das superpotências e por acordos de cooperação com a antiga potência colonial. Isso deu origem ao neocolonialismo e as trocas comerciais continuaram a favorecer as mesmas potências.
Quando um país vive numa situação de miséria, podemos dizer que, praticamente, todas essas causas estão agindo ao mesmo tempo e estão na origem da fome de seus habitantes. Algumas delas dependem da situação do país, como o regime de monocultura, os conflitos armados e as desigualdades sociais. Elas serão eliminadas, quando e se o mesmo país conseguir um verda-deiro desenvolvimento. Mas outras causas já não dependem do próprio país em desenvolvimento, e sim da situação em nível internacional. Refiro-me às condições desiguais de troca entre as várias nações, à presença das multinacionais, ao peso da dívida externa e ao neocolonialismo. Isso quer dizer que os países em desenvolvimento, não conseguirão sozinhos vencer a miséria e a fome, a não ser que mudanças verdadeira-mente importantes aconteçam no relacionamento entre essas nações e as mais industrializadas.

texto retirado do site: http://www.pime.org.br/

21 de jun. de 2009

Contra pena de morte


Aproveitando o tema e a base do trabalho executado pelo grupo que participo em sala de aula anos atrás, exponho aqui considerações do porquê ser contra a pena de morte no Brasil.
Primeiramente, o simplismo de considerar a defesa dos direitos humanos como a defesa do direito de criminoso tem que ser desmistificado, pois aqueles que defendem o direito à vida de todos, de todos sem exceção, não pode ser confundidos com criminosos ou defensores de suas posturas. Se a sociedade considera crime o ato de matar, é bem contraditório querer oficializar o homicídio, mesmo desempenhado posterior a um processo jurídico. Pode-se até dizer que é o desejo da população, porém, a opinião pública motivada pelo alastramento da impunidade e baseada na emoção não é base para implantar a pena de morte, pois, essa mesma é formada a partir de sentimentos como raiva, paixão, emoção, interesse, por defesa, e o Estado deve agir sempre racionalmente pautado na experiência. A vida é o maior bem da humanidade e ninguém tem o direito de eliminá-la, pois, relativizando o direito a vida todos os outros valores também serão tocáveis e modificáveis, além de que a vida é um bem que o Estado não é capaz de criar e esse não e capaz de suprimir.
O Estado brasileiro falha diante de seus cidadãos, do berço à sepultura, más condições de educação, saúde, moradia, submetendo-os às condições de sobrevida, ainda que para isso tenha que romper com as normas sociais vigentes. Se o Estado brasileiro é o maior responsável pelo elevado índice de criminalidade, sendo, o Estado o depositário de nossas contribuições a fim de, entre outras coisas, garantir a nossa segurança. Então, como podemos dar tamanho poder ao Estado pela falha que ele mesmo comete ao não garantir a segurança social? Contraditório, não é.
Passemos agora da teoria para estatísticas - Fonte Anistia Internacional e ONU: 30 países são abolicionistas de fato, ou seja, apesar de ainda estar inserida a pena de morte nas leis desses países, nenhuma execução foi praticada nos últimos 10 anos. 130 países aboliram a pena de morte. Desde 1.990 mais de 50 países aboliram a pena capital para todos crimes. 1252 pessoas foram executadas em 2007 e 88% disso, ou seja, 1102 foram execuções provenientes de cinco países. Isso mostra o quanto é crescente a redução da utilização da pena de morte no mundo.
Temos também a lista de alguns países que aplicam pena de morte para crimes comuns: Afeganistão, Arábia Saudita, Bangladesh, Botsuana, Burundi, Camarões, Cazaquistão, China, Coréia do Norte e do Sul, Egito, Emirados Árabes, alguns estados dos E.U.A., Etiópia, Gabão, Gâmbia, Gana, Guatemala, Guiana, Iêmen, índia, Indonésia, Irã, Iraque, Japão, Jordânia, Kuwait, Laos, Libéria, Líbia, Malauí, Mongólia, Nigéria, Omã, Paquistão, Quirguistão, Síria, Somália, Suazilândia, Sudão, Tailândia, Tanzânia, Togo, Tadjiquistão, Turquemenistão, Uganda, Uzbequistão, Vietnã, Zaire, Zâmbia, Zimbábue.
Desses países, quantos se encontram numa democracia? Quantos são os países com baixos índices de criminalidade? Desses países, quantos são desenvolvidos socialmente? Não há muito que discutir quando se observa à história, e contra fatos não há argumentos. Lamentável que nem todos levam em conta dados como esses.
Há uma observação que deve ser colocado em evidência que para fazer parte da União Européia é requisito ao país não ter pena de morte, como demonstração de país democrático de Direito.
Depois da teoria e das estatísticas, veremos depoimento de alguém que vive na prática com pessoas potenciais à pena de morte se no Brasil a existisse. Numa pesquisa do antigo Jornal da República, sobre a questão pena de Morte para reduzir a violência, o delegado do DEIC, José Vidal Pilar Fernandes responde: “O efeito seria exatamente contrário. É muito comum aqui no xadrez do DEIC um preso autor de latrocínio matar outro preso apenas para ser transferido para a Casa de Detenção. O criminoso brasileiro tem um nível cultural baixo. Ele se tornaria muito mais perigoso e violento depois de se acreditar antecipadamente condenado à morte. Um criminoso que sabe que será condenado à morte, não matará só uma, mas várias pessoas, pois isso não aumentará sua pena”.
Além disso, A Inglaterra, que não tem pena de morte desde 1975, apresenta um dos mais baixos índices de criminalidade do mundo. Por esse e por vários outros dados históricos e concretos que refutamos a possibilidade da pena de morte como agente diminuidor da criminalidade.
A pena de morte não mata a fome, a miséria, a desagregação familiar, o abandono do menor, o desemprego e também não será ela que ira por fim a este trajetória de violência que paira sobre todos, e envenena as relações de sobrevivência, a pena de morte não intimida, e com base em dados comprovados ela é ineficaz, e concluindo, condenando um individuo a morte estaremos assumindo, descaradamente, que falhamos em todos os sentidos como ser humano e fracassamos como seres racionais que com grande veemência dizemos ser.

Cuba, como é possível?



Sempre mantive curiosidades por Cuba, e há muito tempo procurei saber sobre; se abstendo do que a imprensa televisa/escrita interesseira diz, me informei por vários meios independentes, quais? A ONU, por exemplo, é uma delas. E escrevo: Num país que é composto por ilhas e ilhotas, e obviamente por isso, há grandes dificuldades em obter recursos naturais, e gerar divisas, o meio de subsistência é o intercâmbio, a troca com outros países. Porém, o EUA movido por grandes ideais em prol da democracia, impôs um embargo que há décadas anula, absurdamente, a possibilidade de qualquer tipo de negociata, fragilizando o país para obtenção de recursos e a manutenção de sua população. Então como é possível? Tal país, considerando situação exposta em tela, alcançar índices sociais inalcançados por países abastados por riquezas naturais, e que mantêm constante comércio com outros. Li um escrito que tentava desvendar tal incógnita e dizia que o IDH de Cuba é elevado em função da renda percapita que é baixíssima (de fato é) e a ONU equipara essa renda baixa com renda de países de primeiro mundo. Vejamos: salário de um médico cubano +/- US$ 240,00 por ano! Ora, nações com índices um pouco melhor que o país caribenho, tem renda percapita de US$ 6.000,00 diferença gritante, porém, com um pouco de boa vontade e pesquisa se chega a conclusão de que a renda no IDH é levado em conta o custo de vida, e em Cuba o custo de vida é bem mais baixo que na Argentina (país equiparado a Cuba no ranking) logo, quem está em Cuba, necessita de salários bem mais baixos para viver, até porque o governo, mantêm serviços essenciais gratuitamente. Simples assim, Lógica Aristotélica.
Algo ventilado também é a questão de cubanos fugirem a nado para os EUA arriscando a vida no mar. Ora, historicamente, cubanos migram para lá em busca de trabalho, isso acontece desde meados do século XIX. E, lembram? Cuba é uma ilhota, sem recursos, com embargos há décadas. E um fato que vem ao encontro de tal justificação desses acontecimentos de migração, também, é que é de conhecimento de todos que ha grande dificuldade para qualquer estrangeiro entrar nos EUA por vários aspectos, porém, com Cuba a política é diferente, pois, o governo americano gratifica cubanos que chegar aos EUA (mesmo ilegalmente) com benefícios de moradia, trabalho, coisas que nem os próprios americanos obtêm do governo, simplesmente pra acabar com a governo cubano. Parece surreal, não é? Mas é fato, há uma lei americana que sustenta tal fato. Imaginemos agora, Cuba um país embargado com poucos recursos por ser uma ilha; e os EUA oferecendo benefícios que não são oferecidas pra pessoa nenhuma, a não ser os cubanos, é evidente que muitos movidos pela ganância fogem para lá. Ganância? Sim, pois a ONU classifica Cuba como um país que atende a população em questões como: educação, saúde, longevidade; melhor que em muitos outros países. Então, pelas necessidades básicas atendidas pelo governo cubano (conforme ONU) a justificativa pra migração, desde século passado, é a ganância motivada pelos EUA.
Nesse artigo, não é posto em xeque a questão do regime cubano, de Fidel Castro, ou de Che Guevara, em outro texto, talvez. Mas o que é colocado em discussão é: Como pode Cuba com tantas restrições e limitações superar o Brasil em IDH? Sei que alguém levantará a voz e repetirá os jargões globais: temos liberdade de ir e vir e dizermos o que quisermos. Mas, será que isso é real? Será que temos liberdade? No Brasil, se desviarmos os olhos das fontes de informações padrão teremos vários exemplos fatídicos que houve escritos que não puderam ser publicados e liberdades restringidas, não citarei para não delongar.
Mas como sou apenas um universitário, dessa vez não vou expor fatos, como de costume, mas vou utilizar alguém de peso: Se realmente tivéssemos a tal liberdade alegada, os contratualistas, como Rousseau, Hobbes, Locke, entre outros, teriam errado feio ao convencionar que ao nascermos em sociedade entregamos parte de nossa liberdade para o Estado em troca da segurança, ou seja, viver em sociedade é sinônimo de não ter liberdade total, apenas parcial. Pare, pense, analise, e perceberás que realmente, há um contrato social tácito entre nós e a sociedade. Ao encontro ainda, almejar a liberdade é querer voltar ao Estado de natureza, algo inconcebível.
Então alegar que em Cuba não se tem liberdade, é óbvio, assim como em nenhum lugar. O que há, são relampejos de liberdades concedido pelo Estado na medida de sua conveniência e oportunidade.

Quando temos a experiência com a alteridade. Sentimos o quão necessário é para o próximo à prestação dos serviços essenciais pelo Estado, e, se esse próximo por qual enxergamos, não tiver capacidade econômica para pagar um serviço privado, se torna evidente o quanto somos tolhidos de nossa liberdade até mesmo para acessar no que é primordial para a dignidade da pessoa humana.
Analisando friamente, me parece o que temos de melhor do que Cuba é que podemos usar celular e termos carros novos, bom, não é? (…) Eles? Eles tem sistema de saúde comparado com países de primeiro mundo, taxa de analfabetismo nula, mortalidade infantil baixíssima e desemprego, não há. Mas, pensando bem - ironia - o alto índice de mortalidade infantil brasileira não atingiu minha família, não estou desempregado e nem doente, então, do que nos interessa o Brasil não ter excelência nesses índices, não é?
Há ainda quem diga, que muitos não tem nem mesmo o que comer em Cuba. É evidente que pelos fatos expostos de limitações, as condições de lá não são das mais confortáveis. Entretanto, condições básicas de vida, aquelas que o Estado deverá proporcionar, inclusive o brasileiro, como: saúde, educação, moradia, emprego, alimentação, essas são bem prestadas pelo Estado cubano. Se pensas o contrário, está contrariando a Organização das Nações Unidas 1945. E me parece que a ONU é um órgão merecedor de credibilidade, bem mais que, a TV GLOBAlizada que assistimos, os jornais em FOLHA de SÃO PAULO que lêmos e a revista que VEJAmos, e ISTO É, fato.


Em apêndice: algo de um filósofo/professor meu, que ensina não apenas para o labor, mas, para a vida.



DIREITO DE AGIR “Vá! Ofereça sua (censurado) para limpar um chão qualquer e garanta tomates e repolhos podres no seu jantar. Vá! Torça suas mãos ou queime seus olhos em fornos de ferro e garanta alguma sobra de orgulho para arrebentar um de seus filhos. Vá! Triture seu corpo com o calor do piche e zele por sua cor que o mantém a margem. Vá! Ajoelhe perante patrões e suplique por seus dois dentes, porque, ainda que doente, tem o direito de agir”.Louis L. Kodo


Aborto, um assunto sempre em voga


ABORTO E CÉLULAS-TRONCO
Aprendi alguma coisa sobre células-tronco e aborto. E acho conveniente e proveitoso compartilhar com vocês. Podemos ter opiniões conforme nosso entendimento, no entanto, é irracional termos opiniões fundamentadas em nada, ou simplesmente, “porque sim”.
O que vem a seguir é minha transcrição e entendimento, apartir de uma palestra que assisti. O aborto, antes de qualquer coisa, não é uma questão religiosa, e sim, uma questão contraditória científica.
Com base na filosofia:
O ser humano é inato, é inerente, é intrínseco a humanidade, ou seja, desde a concepção já é ocorrido a formação de um ser humano, pois nenhum Ser; seja ele da terra, do céu ou do mar; nenhum Ser, pode tornar-se vivo, ou seja, nenhum Ser é mais humano do que outro Ser. A humanidade no Ser não é evolutiva e nem gradativa. Não há Ser sem vida hoje, que depois de 5 dias (formação nervosa) se torna viva, logo, a partir da concepção se tem um ser humano.
A diferença entre um óvulo fecundado (espermatozóide + óvulo) e um homem de 30 anos é, simplesmente, o tempo e a nutrição. Pois, todas as diferenças se resumem nisso, no tempo e na nutrição.
Óvulo fecundado - 1, 2, 3… dias e se alimenta dos nutrientes do fluído aminiótico. Homem de 30 anos – tem o tempo de 30 anos e se alimenta de arroz, feijão etc. Todas as outras habilidades que o homem de 30 anos tem e o embrião de 3 dias não tem, serão adquiridos, por esse embrião, com o tempo, andar, pensar, comer, etc.
Com base na ciência
Aqui vai a resposta, da afirmação que eu fiz no início, que o aborto é uma questão contraditória científica, pois, segundo a genética, biologia, embriologia a vida começa na concepção. Concepção é a união do espermatozóide com o óvulo, que ocorre no ato da relação sexual. Isso é provado cientificamente. Afirmar que a vida começa com a formação do sistema nervoso, seria dizer que uma coisa se tornaria vivo com o tempo, ou seja, gradativamente. E a ciência não provou que alguma coisa ou Ser inanimado é capaz de se torna humano progressivamente.
Por ser formado o gene humano de uma complexidade enorme, o homem não é capaz de manipular esse gene da forma que bem entender, pois, poderá criar/causar um gene defeituoso por manipulação que poderá se perpetuar na raça humana, pois o homem não tem domínio sobre a vastidão do ser humano. Exemplo disso é a afirmação da ciência que 1 único filamento do DNA de 1 célula, tem bilhões de informações, que preencheria uma biblioteca de 1000 volumes.
E mais, se o homem ampliasse uma célula humana em 1 milhão de vezes, a descoberta científica seria tão grande que todo conhecimento humano existente, sobre a vida humana seria alterado.
Pode-se afirmar que por essa razão (desconhecimento do homem por sua complexidade) que se deveria de utilizar dessas manipulações genéticas para o homem conhecer melhor a sua formação. No entanto, está é uma inversão de ordem, pois quando se trata de ser humano não é viável usa-los em experiências, como fazem os cientista aos animais, pois, com o ser humano é necessário estudos científicos, é necessário previsões cientificas do que poderá ocorrer. E, é exatamente nisso que sustento a afirmação que a complexidade humana ainda é pouco conhecida para poder explorá-la. Não há estudos definidos para haver a manipulação genética do ser humano.
Obs.: Células-tronco sem serem embrionárias (retiradas da medula óssea, corrente sangüinea ou cordão umbilical) servem para vários tipos de tratamentos, há então, de se profundar os estudos e pesquisas nesses tipos de tratamento ou descorir outra forma de regeneração das células humana.
Aborto
O feto/embrião não é prolongamento da mãe (como unha e cabelo) e por isso, ela não pode fazer o que deseja com um corpo que não seja dela. Esse é um dos grandes erros, senão o maior, das pessoas a favor do aborto, achando que o embrião/feto e parte do corpo da mãe e por isso ela tem total domínio sobre ele.
O corpo da mãe é dependente do feto, e não o feto da mãe. Prova científica disso
Prova 1: O corpo da mãe expulsaria o feto/embrião se não fosse a placenta, porque esse é corpo diferente do corpo da mãe. E, esta placenta é criada pelo próprio feto/embrião, e nao pela mãe. Então o que torna o útero da mãe habitável é o feto/embrião. E não é a mãe que mantém o útero habitável.
Prova 2: O feto/embrião não é dependente da mãe, pois ele é quem determina o tempo de encerrar o vínculo com a mãe (nascimento), pois desde a concepção já têm funções diferentes da mãe. E mais, os nutrientes, para alimentação do feto/embrião, é formado pela placenta que é criada pelo feto/embrião, logo, ele cria seu próprio alimento.
Alguém pode contestar: Mas a placenta cria os nutriente usando como fonte a alimentação da mãe. Sim, a fonte do fluido aminiótico é a alimentação da mãe. Mas, por acaso, a mãe nao busca sua alimentação em outras fontes como verduras, legumes, animais, etc.
Prova 3: Um óvulo que é fecundado no útero de uma mãe negra se transplantado para um útero de uma mãe branca, vai nascer uma criança negra, pois esse feto é independente e possui características e vida própria, usando a mãe apenas como hospedeiro.
Argumentação Feminista:
1- toda mulher tem direito sobre seu próprio corpo. Bom, sendo assim, 50% dos embriões/fetos que são abortados são mulheres e não tiveram chance ou direito sobre seu próprio corpo.
2- Ninguém juridicamente tem direito sobre seu próprio corpo, pois, ninguém pode suicidar-se ou mutilar-se. Se a mulher tem controle sobre seu próprio corpo. Por que foi promíscua, juntamente com o homem, a ponto de não se controlar na concepção do embrião/feto? Que os dois se responsabilizem agora.
Tirando da discussão, o embrião/feto
O aborto é uma mutilação ao próprio corpo da mulher, e juridicamente, ela não pode cometer mutilação a seu próprio corpo.
Prova cientifica
Algumas pessoas dizem que: se o aborto fosse feito legalmente, e portanto, com assistência técnica, seria seguro para a mulher. Vejamos, uma pesquisa americana, onde o aborto é permitido:
Traumas posteriores ao aborto
*perfuração do útero *sangramento que requer transfusão *Ruptura do colo do útero
*perfuração da vesícula *perfuração do intestino *retenção de restos ovulares
*doença inflamatória da pélvica e possível infertilidade *anemia
* uma série de infecção da membrana que reveste a cavidade abdominal *embolia pulmonar(obstrução)
*depressão *psicose *suicídio (9 vezes mais propensa que em outras mulheres)
*inflamação de uma veia que se desenvolve antes de um coágulo sanguíneo (tromboflebite) *risco de aborto instantâneo aumenta 10 vezes mais, na próxima gestação.
Quanto ao anencéfalo (feto sem atividades cerebral) deixo como afirmação, uma decisão de um ministro do Supremo Tribunal Federal. Todo ser humano nasce para morrer um dia e não está no homem determinar a hora da morte de nenhum ser humano.

Homenagens à Ditadores


O assunto tecido, é sobre o valor, importância, estima, que ofertamos, enquanto sociedade Brasileira, a pessoas que marcaram a história do Brasil de forma negativa.
A história do Brasil, apesar de apenas 509 anos, é permeada de homens e mulheres que, positivamente ou negativamente, marcaram época, uns de forma mais intensa outros nem tanto, mas o fato é, que há um elenco de personagens em nossa história, assim como, na história de qualquer outro país, que direcionaram o rumo de nossa nação. E hoje os veneramos ou não, de acordo com seus esforços para formar um Brasil melhor. Todavia, assim deveria ser. Vejamos.

Recentemente, tivemos um tempo conturbado no Brasil, onde direitos individuais foram, simplesmente, expurgado, dos atos do Estado, não importando o “animus societas” Evidentemente, que falo da ditadura.

Personagens presentes a essa época não faltaram. Contudo, ficaram suas reputações, seus gestos, e o mais importante, ficaram os resultados de suas atuações, que repugnamos se ruim para sociedade ou enaltecemos se bom – pelo menos assim deveria ser.

Generais militares que impuseram ao Brasil, um Estado opressor a quem ousava questionar os métodos do Estado. Havia figuras, personagens em campo, que dava formas e ações a essas atuações opressoras do Estado. Sérgio Paranhos Fleury - O FLEURY - foi um desses.
Fleury foi um delegado do DOPS de São Paulo que ficou conhecido devido ao seu papel repreensivo exercido no Regime Militar. Várias vezes fora acusado de prática de tortura contra presos políticos, foi indiciado e condenado por crimes como dirigente do Esquadrão da Morte. No entanto, não chegou a cumprir pena, sendo sempre absolvido ou tendo suas prisões revogadas. Também foi condecorado pelo então governador Abreu Sodré (1969), foi escolhido delegado do ano em duas oportunidades (1974 e 1976).
O esquadrão da morte que Fleury estava a frente ousava a retirar PRESOS POLÍTICOS da prisão para sacrificá-los nas estradas. E, é de suma importância dizer que, preso político não é preso que tomamos conhecimento pelos programas televisionados, presos políticos não são marginais, não são criminosos que ofendem o direito de outro indivíduo, muito pelo contrário, presos políticos são pessoas que, pelo método de ação do Estado percebem que esse não está cumprindo seu papel no fundamental no contrato social em que todos estamos inserindo, inclusive o Estado, ou seja, são pessoas, que por não ser alienadas, procuram mover o Estado Leviatã a fim de lhe dar um outro rumo, que seja da vontade do povo também e não apenas do Estado, prova disso, são que a maioria dos presos políticos eram pessoas com nível intelectual alto, pois, conseguiam enxergar além do que era passado para nós pelo Estado, isso é fato.

Chegou-se a ter a criação, por Fleury, de um cargo de coveiro oficial secreto do Dops, que era a indicação de um homem que ficava encarregado de desaparecer com os cadáveres de quem morria em combate com as forças militares armadas ou em tortura. Torturas essas, que tinha Fleury como encarregado de executá-las.
Tais fatos estão expostos no livro recentemente lançado pelo repórter Percival de Souza chamado - Autópsia do medo – vida e morte do delegado Sérgio Paranhos Fleury.

A ditadura foi um método inserido em vários países da América do Sul e central, pelo governo vigente do país, juntamente, com E.U.A. para acabar com o avanço da idéia socialista, que na época, se encontrava, cada vez mais presente em mais e mais países. Assim, nos sobra como exemplos os tratamentos e condenações que são dados aos responsáveis pelos anos repressivos nesses países e no Brasil. Vejamos:

O Presidente sul-americano, Jorge Rafael Videla, da Argentina, que chefiou a ditadura que matou 30 000 opositores entre 1976 e 1983, cumpre pena de prisão em seu país. O Almirante Emílio Massera, responsável pelo principal centro de tortura e assassinatos do país responde a vários processos e tem feito o possível para escapar de um julgamento na Itália, onde é acusado por torturas e morte.
Obviamente, que há muitos torturadores e responsáveis Por essas torturas, que não foram punidos. Porém, no Brasil, além de não puni-los, nossos representantes e até nós mesmos os tratamos com honradez, com prestígio. Como sou apenas um aluno universitário cito fatos para não haver dúvidas. Um dos acusados de torturas no Brasil é Diretor da Policia Federal, segundo a reportagem do jornalista Leandro Fortes da Carta Capital. Muitos outros gozam sua velhice no conforto de seus lares. Muitos Generais de guerra têm seus nomes estampados, como orgulho, em muitos monumentos. Alguns, já morreram por causas naturais, desconhecidas, ou misteriosa, como Fleury. Mas ainda a sociedade brasileira os prestigiam.
Contudo, mortos ou vivos, lhes damos uma reputação de homens que contribuíram com a formação da sociedade, quando na verdade, foram opressores da vontade do povo. Fleury, enquanto delegado de polícia, executava um serviço duro com os criminosos, isso não é questionável, porém, tratar igualmente, ou até mesmo de forma mais cruel, pessoas que queriam um Estado diferente, submetendo essas pessoas há torturas e mortes, é inconcebível. Bom, se for no Brasil, talvez seja concebível sim. Pois, mais do que não encarcerá-los, prestamos homenagens a pessoas que não fizeram nada mais do que oprimir a vontade, que deveria ser soberana, de um povo.

Que possamos manifestar nossas indignações com tais personalidades, invocando suas facetas medonhas e expondo seus grotescos crimes, pois, o medo à verdade é muito perigoso numa sociedade livre. Se é que a somos.

Eronildes S. Bispo Junior

É ousado para mudar?




Homem é mal por natureza? “O homem é o lobo do próprio homem” - Homo homini lupus, Thomas HOBBES, eu discordo, em parte, eu disse em parte. Pois, me identifico mais com Jean Jacques ROUSSEAU em que diz: “O homem no seu estado natural é bom, porém a sociedade o corrompe” – baseio isso nas ações de uma criança onde não há maldade, entretanto, ao desenvolver-se na sociedade, este é imbuído de valores, enfeitiçado por essa sociedade, e, passa a refletir o meio que vive.
Existem pessoas que chegam ao poder político e não se corrompem, são poucos, e os existentes, não são expostos na mídia, pois não há polêmica nisso, logo, não os conhecemos. E, pior ainda, pessoas que poderiam agir em prol de mudanças na sociedade, simplesmente, não agem por motivo de restrições que sofrerá. Lembrei-me uma frase de um amigo meu chamado Martin Luther King Jr. que diz: “O que preocupa não é o agir das maus pessoas, mas, a omissão das boas pessoas”.
É necessário reforma política, tributária e penal, sobretudo política, porém nunca um sistema reformou a si mesmo. Se conheceres um sistema que tenha negado a si mesmo e autoreformado, me diga. Deve-se então, pela lógica, ocorrer uma mudança de fora para dentro do poder, isto é, sociedade exercendo pressão sobre o poder político.
É evidente que vivemos em um sistema corrupto e que corrompe, logo, agir de forma à não se corromper, torna as pessoas íntegras um alienígena, ou seja, um estranho na sociedade a que pertence. Sendo assim, o modo de defesa mais eficiente, cômodo e também covarde e egoísta é fecharmos os olhos para os problemas sociais e levar uma vida medíocre. Até porque é conveniente esquecermos o que nos afeta, não é? Então esqueçamos que o Brasil é antepenúltimo país em desigualdade no mundo, inclusive, mais desigual que muitos países africanos.
As fontes dessa desordem social são várias, e a permanência na desordem é interessante a algumas pessoas, e aqui se mostra à prova, que cabe a própria sociedade a reorganização e a modificação de si mesma. Entretanto, a massa está preocupada em se manter fisiologicamente, explico, e aqui cabe um parêntese: existe uma pirâmide, chamada de pirâmide de Maslow, que mostra, sistematicamente, as necessidades humana, onde, primeiramente, precisamos realizar as nossas necessidades fisiológicas, exemplo sanar a fome, o sono, moradia, sede, sexo e tudo sem o qual não viveríamos, alcançado isso, podemos partir para o próximo estágio que é a necessidade de segurança, desde a segurança no lar, como também, a segurança de um trabalho estável, cuidar da saúde ou uma sociedade justa. Essa pirâmide continua pela necessidade do ser humano em adquirir um relacionamento, depois estima, e finalmente, realização pessoal. Mas me importo em demonstrar até o 2º estágio que é a necessidade de segurança.
Pois bem, eu falei que cabe a sociedade em modificar essa realidade subumana (assim mesmo que se escreve-risos) que essa sociedade se encontra, entretanto, a maior parte das pessoas dessa sociedade se encontram no 1° estágio da pirâmide de Maslow, ou seja, estão com suas vidas direcionadas em suprir suas necessidades fisiológicas, tais como, fome, sede, sono, excreção, abrigo. Assim, não há interesse dessas pessoas em pensar ou ajudar a se efetivar alguma ação concreta na melhoria da sociedade, pois esta melhoria na sociedade se encontra no estágio 2º - segurança – da pirâmide de Maslow.
As pessoas então que devem agir em prol de uma sociedade mais justa são as pessoas que estão mais ao topo da pirâmide das necessidades, e intrinsecamente, estão em melhores condições financeiras. Porém, sabemos que essas, em sua maioria, estão no poder político, administrativo ou econômico, isto é, são pessoas que ganham com a manutenção desse sistema e como eu tinha dito, um sistema nunca reforma a si mesmo.
Sobretudo, alguns raros cidadãos, fogem a essa regra nauseante e promovem ou tentam promover uma melhoria na sociedade, cada um ao seu modo, as vezes, por meio de Ong’s, conscientização das pessoas através de informativos, ou em conversas individuais, ou até mesmo através de blog’s, como esse. Fatos? Temos o banqueiro indiano Muhammad Yunus com seu programa de distribuição de renda sem juros aos pobres, que lhe rendeu o prêmio Nobel da paz. Temos Martin Luther King um pastor da batista que arriscou a vida, e a perdeu, por lutar a favor dos negros em um tempo que eram imposto uma segregação humilhante, e tantos outros personagens históricos, como Madre Tereza de Calcutá, Francisco Alves Mendes Filho, mais conhecido como Chico Mendes, enfim, vários.
E por fim, cabe a pergunta crucial do desenrolar desse texto, qual lado você vai optar? Vai viver, comodamente, sob o marasmo da inércia, como bois, ou vai encarar a árdua tarefa de ousar mudar os sistema, pois já dizia um grande homem guerreiro, mesmo que amanhã tudo se acabe, ainda assim, vale a pena plantar uma árvore?
E aqui apelo à bíblia, “seja quente ou frio porque morno, vomitar-te-ei”.


Eronildes S. Bispo Junior